9.1.10

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"que cada um coma daquilo que mais gosta e por onde lhe dê mais prazer, ninguém tem problemas com isso.. não se pode é obrigar os que gostam de carne e não comem peixe, a ter de aceitar que duas coisas diferentes figurem no menu com o mesmo nome..

uma união de gays deve ter um nome próprio, uma união de lésbicas outro também e a união heterosexual que é diferente de qualquer destas deve continuar a ter um nome distinto que não se confunda com nenhuma.. se passarem a chamar casamento aos primeiros, então terão de arranjar outro nome para os ultimos..

o problema é tão sómente este, chamar os "bois" pelo nome.. quanto ao resto podem ter todas as mesmas regalias sociais atribuídas às outras uniões e que tanto ambicionaram, mas que agora acham insuficiente como se a palavra CASAMENTO tivesse sido sempre o seu único objectivo..

afinal o interesse nunca foi oficializar uma união sexual, mas conseguir que ela se chamasse Casamento para poderem ter adoptar crianças!.. mas se essas crianças são filhas duma união heterosexual que não correu bem, então todos os heterosexuais têm direito a decidir sobre essa matéria..

Desconheço o autor deste comentário a uma notícia do jornal Sol online, mas, apesar de não concordar a 100% com a ideia aqui expressa, acho que dificilmente me exprimiria tão bem como o sr. "icebreaker" quando utiliza a analogia da carne e do peixe. Não tenho problema nenhum com o facto de haver pessoas que se sintam atraídas por outras do mesmo sexo, que tenham relações sexuais e emocionais, que partilhem a vida e tenham os mesmos benefícios fiscais que o resto da população. Não me oponho sequer a que tenham a possibilidade de adoptar uma criança, embora ache que (tal como no caso de um casal heterossexual ou de um pai ou uma mãe solteira) a adopção só deva ser consumada perante aprovação do parente biológico mais próximo da criança. O meu problema é só o facto de quererem chamar coisas diferentes pelo mesmo nome. Qual é a dificuldade de compreender que uma relação entre pessoas do mesmo sexo não é a mesma coisa que uma relação entre pessoas de sexos diferentes? Têm todo o direito à intimidade, à liberdade para serem felizes com quem quiserem, mas o que é facto é que não é a mesma coisa! Como disse num comentário a um blog de um amigo (http://vidasemrosachoque.blogspot.com) diferente não quer dizer inferior! O facto de serem coisas diferentes não faz de uma menos que a outra! Uma cadela não é menos que um cão, mas não têm o mesmo nome! Têm, no entanto, os mesmos direitos!

Por outro lado, gostaria de acrescentar mais um caso particular em que defendo que o casamento também deveria ser permitido. A idade legal mínima que uma pessoa tem que ter para que possa ter relações sexuais consentidas sem que isso constitua um crime é de 14 anos. Não sei se tenho que explicar o raciocínio, mas tendo em conta que uma pessoa é imputável a partir dos 16 anos de idade (corre a defesa da alteração para 14 anos), por que é que só se pode casar a partir dos 18 anos, quando atinge a idade legal de emancipação? Ou seja, uma criança pode ter relações sexuais, mas não pode ter uma relação íntima séria? É assim que queremos a construir o futuro do nosso país? Por que motivo é menos discriminatório este caso do que o dos homossexuais? Isto é tudo tão relativo, que mais valia deixarmos as pessoas casarem-se com quantas pessoas quisessem e com quem quisessem, até com animais de estimação e coisas do género! Sempre poupávamos uns quantos anos de discussões morais e preocupávamo-nos com outras questões que podem ser bem mais sérias, pelo menos do ponto de vista da política - sim, que isto não passa de areia nos olhos dos eleitores, porque estamos em época de discussão do orçamento de Estado para 2010 e os socialistas andam a entreter as pessoas com discussões paralelas para que ninguém saiba a borrada que provavelmente irá sair deste OE.

Até breve, os melhores cumprimentos!

4.1.10

Sou de Direita e gosto!

Pois é, meus caros, digo-o com todas as letras, sem medo de ser discriminado ou olhado de lado. Eu sou, politicamente, de Direita! Os que me conhecem sabem-no bem, os que não conhecem ficam a saber. Sou de Direita e tenho orgulho nos valores que defendo, nos princípios, na ideia neo-capitalista porque o Mundo de hoje não funciona sem dinheiro! E digo-o contra todos os "jovens alternativos" que acham que está ultrapassado ser-se de direita, que de direita são só os betinhos e que quem é de direita ou é fascista ou é corrupto!

Sou de direita e sou pelo direito à diferença, contra a obrigação à igualdade! Porque um homossexual não é igual a um heterossexual, uma mulher não é igual a um homem, um amarelo não é igual a um vermelho e um católico não é igual a um ateu!

Sou de direita e sou pela hierarquização da sociedade porque não sou igual ao gatuno que sem remorsos matou a velhinha que não queria largar a carteira onde tinha a sua miserável pensão que mal chegava para lhe pagar a medicação mensal!

Sou de direita e sou contra uma globalização desenfreada que leve à anarquização total do nosso planeta! Levámos milénios a organizar-nos, qual é a lógica de agora nos juntarmos todos para que cada um viva como quer sem respeitar os outros? Temos costumes diferentes, línguas diferentes, somos de zonas e etnias diferentes. Não temos o direito de desrespeitar os outros, mas temos direito de ser aquilo que somos!

Sou de direita e sou pelos referendos a tudo o que sejam questões sociais, porque não há uma ideologia, uma preferência ou obediência partidária que se possa impor à nossa individualidade. Se uma pessoa é de direita, é homossexual e quer casar-se, tem todo o direito de poder defender a sua causa, tal como se uma pessoa é de esquerda e é contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo deve ter todo o direito a manifestar a sua opinião. Tudo o que afecte a sociedade e seja de cariz moral/individual, não pode ser delegado nas competências de terceiros (políticos, sociólogos, teólogos, etc).

Sou de direita, mas não sou de partido nenhum. Não me revejo no PSD, no CDS-PP, no PNR, no MMS... Ainda assim, sempre que for chamado a isso e tiver possibilidade (por viver fora do país mas não ser um emigrante "oficial"), hei-de ir às urnas expressar a minha vontade.

Sou de direita e, sem medo, desafio todos aqueles que são de esquerda a deixarem os preconceitos de lado, deixarem de discriminar as pessoas que pensam de forma diferente e que acreditam noutras coisas. Desafio-vos a aprenderem a respeitar os outros, porque fazem dos problemas sociais vossa bandeira, mas são vocês que o criam ao não pensarem naquilo que classificam como secundário. Uma educação forte (anti-demagógica), uma economia forte (que permite dar trabalho a todos), uma segurança forte (que impede o sentimento de impunidade que leva à anarquia). Não digo que ninguém na esquerda defenda isto ou que ninguém de esquerda tenha boas ideias quanto a como atingir estes três parâmetros essenciais, mas até esses os próprios "esquerdistas" deixam para trás e renegam. Enquanto assim for e não houver um equilíbrio saudável, enquanto os portugueses não perderem a mentalidade mesquinha e preguiçosa, não há hipótese. E a única que poderia haver não se coloca, porque estamos na União Europeia e ela não deixa que nada de mal nos aconteça... para nosso mal!

Entrei a "matar" com um post pesado neste novo ano, mas é assim mesmo, acabaram-se as tretas! É, talvez, uma das poucas resoluções de ano novo que tenho, e eu costumo cumprir as minhas!

Feliz 2010 para todos e ganhem juízo!